Universidade participa de evento da Embaixada dos Estados Unidos

Postado por: Vanessa Correa Gama

A UFMS foi uma das instituições convidadas pela Embaixada dos Estados Unidos, por meio do Regional English Language Office (Relo), e pelo Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, para participar da segunda edição do Fórum sobre Internacionalização no Ensino Superior. O evento foi realizado no Centro Paula Souza, entre 5 e 8 de fevereiro, e contou com a participação da secretária de Mobilidade Internacional da Agência de Internacionalização (Aginter), Caroline Nantes, e dos professores do Câmpus de Três Lagoas (CPTL) Fabrício Ono e do Instituto de Biociências (Inbio) Jeandre Jaques.

“O evento teve como objetivo fortalecer as ações voltadas para o ensino e uso da língua inglesa. Neste contexto, especificamente, o foco foi voltado para o English as a Medium of Instruction (EMI), isto é, a possibilidade de ofertar disciplinas de graduação e pós-graduação em língua inglesa nas universidades”, destacou o professor Fabrício Ono. “Eu participo dessa ação há alguns anos, dada a minha relação com o Relo Brasil. Neste ano, ao me convidarem, pediram para indicar mais dois nomes da UFMS para participarem também. Assim, convidei o professor Jeandre, do Inbio, e a secretária da Aginter, Caroline”, explicou.

Segundo Ono, durante o fórum, foram discutidas as ações que as universidades convidadas estão desenvolvendo sobre o tema EMI, tanto no que se refere ao processo de formação docente quanto às questões institucionais. O evento teve participantes de diferentes regiões do Brasil e proporcionou a criação de um ambiente de suporte e troca de informações para que todos pudessem esboçar as diretrizes e padrões para implementar o uso do EMI nas suas instituições.

Compartilhando experiências

O professor do Inbio, Jeandre Jacques, fez o EMI na UFMS em 2022. “Participei do curso ministrado pelo professor Fabrício Tetsuya Parreira Ono. O evento foi uma oportunidade valiosa para o compartilhamento de experiências, identificação de dificuldades e delineamento de estratégias para a obtenção de maior êxito ao ofertar disciplinas que empreguem os métodos do EMI. As discussões promovidas foram enriquecedoras e muito inspiradoras e, apesar do evento ter sido concluído, muitas ideias foram semeadas”, destacou.

Jeandre oferta, em parceria com o professor Malson Neilson de Lucena, a disciplina Journal of Biochemistry, em inglês, para o Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Bioquímica e Biologia Molecular e para o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFMS. “Ao retornar do Fórum, decidi ofertar para o primeiro semestre de 2025 uma nova disciplina bilíngue (português/ inglês) que empregará métodos do EMI. Além disso, durante o evento foi concebida a ideia de articular um evento científico coordenado pela UFMS em colaboração com outras instituições no formato de um encontro virtual a ser realizado neste ano para compartilharmos as nossas experiências em sala de aula”, revelou.

Para a secretária de Mobilidade Internacional, foi uma experiência muito válida. “O Fórum une o professor capacitado pela Embaixada para ministrar o curso, os professores das instituições que participaram do EMI e a área de Relações Internacionais, normalmente envolvida em promover os editais de oferecimento e seleção. Isso nos ajudou a ter uma visão ampla de todos os processos e, de repente, perceber e avaliar aquilo que precisa ser aprimorado para ter um melhor resultado”, disse Caroline.

“Foram tantos destaques na programação. Uma das coisas que eu gostei bastante foi ouvir o ponto de vista da americana Susan Meiki, que, na verdade, mora no Japão e ensina o EMI lá. Observamos que as dificuldades são muito semelhantes, como a resistência ao idioma, as dificuldades em conseguir realmente envolver todas as pessoas, professores que aplicam o curso para os seus estudantes. Ela destacou a importância da inteligência artificial para facilitar alguns processos isso também foi bastante legal”, comentou Nantes.

Na avaliação da secretária, a participação foi bastante positiva. “Foi um evento muito dinâmico. Tivemos vários grupos de diálogo com os demais colegas que ali estavam. Pudemos trocar informações tanto com segmentos diferentes, instituições diferentes, como com a cada área de relações internacionais. Inclusive teve um grupo integrado só por representantes da área de relações internacionais. Ao final fizemos um diagnóstico, uma avaliação e propomos formas de melhorar a aplicação do programa e, assim, dar mais sustentabilidade ao EMI nas instituições de ensino superior”, ressalta Caroline.

EMI na UFMS

“O EMI, ofertado na UFMS desde 2019, tem cumprido um importante papel na preparação dos docentes de todas as áreas para ministrarem as suas disciplinas na graduação e na pós-graduação na língua inglesa. Tem contribuído, portanto, para melhorar a integração da UFMS no ambiente acadêmico internacional e aumentar o número de estudantes estrangeiros em disciplinas na UFMS. Para o ano de 2025 haverá uma nova edição do curso, inclusive em sua versão em espanhol, em data ainda a ser definida”, explica o diretor da Aginter Gustavo Câncio.

De acordo com o diretor, o curso permite o desenvolvimento da chamada “internacionalização em casa” na UFMS, ou seja, a oportunidade de aprimorar a utilização do inglês e das suas competências interculturais dentro da própria universidade. “Com isso, o EMI permite que os professores desenvolvam o inglês em suas disciplinas com maior segurança, ampliando sua gama de estratégias de ensino para envolver os estudantes”, acrescenta.

“A UFMS tem se destacado no cenário nacional no que se refere ao EMI”, enfatiza Fabrício, que tem sido o responsável por ministrar o curso de formação em EMI na UFMS desde 2022. “O processo de internacionalização do ensino superior é atravessado pelas linguagens. Por isso, quando pensamos em EMI, temos que lembrar que a língua inglesa, usada como língua internacional, serve como instrumento para que possamos nos comunicar com pesquisadores do mundo todo. Assim, capacitar os professores da UFMS para ensinar em língua inglesa é uma possibilidade de expandirmos nossos diálogos com outras instituições mundo afora e, também, ampliar a divulgação científica do que é realizado em nossa Instituição”, avalia Ono.

Texto: Vanessa Amin

Fotos: Acervo pessoal/Fabrício Ono

Fonte: Página UFMS

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